A humanidade, imersa na ilusão dos cinco sentidos, percebe-se, não como verdadeiramente é, como filhos mais queridos de um universo, quase tão grande quanto se é possível imaginar o que seria verdadeiramente o infinito.
Somos partes tão pequenas do que nos cerca que não nos é possível dizer se realmente fazemos parte do contexto universal, e o Universo, sempre seguindo, sempre constante, sempre cortante, nos afronta com seus mistérios, nos impondo limites.
É nossa eterna busca por conhecimento que nos move, e nos faz tão arrogantes, é nossa eterna busca que nos aquece e nos aquiesce com o Um, que nos protege e nos desafia.
Somos tão grandiosos em nossas rotas ideias sobre o que verdadeiramente somos, que nos tornamos incapazes de apreciar a verdadeira escrita em cada minúsculo grão que se choca com nossa pele.
Olho, escuto, sinto o cheiro, ouço, toco e nada mais.
Continuaremos, seguiremos em frente, pela estrada incerta que nos levará ao fim certo, o mistério do Um que se fará visível ao toque do anjo negro, mas em seu lugar, apenas uma resposta e milhares de novas perguntas, e assim será, de hoje a todo o sempre, a inquietação da mente humana, presa em seu egocentrismo, nós, os filhos de Lilith, seremos sempre insensíveis a toda a criação, seremos sempre aqueles que se tornarão mais importantes que o mais importante, apenas porque nossas mentes ilimitadamente limitadas, assim nos mostrarão, o Mundo, o Universo, o Ser, Aquele que nos desejou, Aquele que sonhou, Aquele que acordará...
por Eduardo Diass.