Andarilho solitário e vazio
Que segue seu caminho por punição
E por maldição
Aquele que para e contempla as estrelas e o sol
Pousa sua tristeza nos instantes humanos
Tornei-me herdeiro dos meus pesadelos
Dos meus erros e deslizes
Caí, e aprendi a continuar
A passar por cima e destruir os outros
Tornei- me escravo da dor
Não por sentir mas por gerar
Fiquei cego pelo orgulho e por poder
Esqueci quem sou
Esqueci o que sou
Tornei-me nada
O sol nasce novamente
O peito vazio, pois nada habita
O corpo jovem, mas com calos da idade
O espírito cicatrizado
Sigo pelo caminho da solidão
Deixando o rastro do furacão
por Hilbert da Silva Júlio