sábado, 21 de agosto de 2010

Canção do Vento

Toque o Ventre do Universo
e assim crie.
Caminhe pelo Tempo
e assim viva.
Insista em estar vivo
e então esteja.
Pense em um Mundo pleno
e que assim seja.

Ouça o Mar rugir
e então tema.
Aprecie a canção do Vento
e com ele aprenda.
Sinta o leve toque do Fogo
e se inspire.
Pise a segurança da Terra
e nela cresça.

O Filho ainda é uma criança
é visível sua beleza.
Não lamente, tenha esperança
não se iluda, enalteça.
Pois o Pai é o corpo de tudo
não se engane, creia.
Todos estamos à morte
não apenas morra, vença!

por Eduardo Diass.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Decisão

Sempre a esperar...
Tentativas ocorrem em vão,
Lágrimas a derramar...
Pela cruel decisão.

Tristeza a acorrentar...
Aquilo que o fez lembrar,
Aquela decisão,
Se põe a chorar.

Atitudes deve tomar...
Enfim um feliz a recordar...
De tanto precisar,
Vivo a te amar!

É impossível suportar...
Sempre ao te olhar,
A tona me faz lembrar.
Se eu pudesse apagar,
Tudo o que tive de passar.

Vem o medo de ariscar,
A preocupação de tentar,
A vergonha de errar,
Não conseguia aceitar.

Vejo-te e deixo derramar...
Uma lágrima de meu olhar,
De alegria, em meu rosto a rolar,
Agradeço por você aqui estar.
Quanto é bom te amar!

por Bia Lehen.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

...ao Ventre do Universo

Sinto-me retornando ao Ventre do Universo
minha mente esvai-se de pensamentos
o frio consome meu corpo inerte...

Reunindo forças, olho os meus a minha volta
todos com semblantes carregados
um mundo glorioso começa a se fechar
e os mistérios vem se revelando...

Minha vida, cada uma de minhas glórias,
todas, diante de meus incrédulos olhos
o tempo depois do tempo começa a se fazer visível
não há mais o que esperar...

Meu Purgatório Pessoal forma-se em minha mente
minhas mentiras, meus medos, meus arrependimentos,
cada uma das vezes que exitei,
cada uma das coisas que não fiz...

Todas revelam-se, atormentam-me,
negam-me uma última visão reconfortante...

Sinto-me retornando ao Ventre do Universo
tomado pelos meus erros,
descobrindo que, em verdade, meu Inferno
sempre esteve dentro de mim...

por Eduardo Diass.