quarta-feira, 31 de agosto de 2011

De tudo o que sei

Sei que a dor não continuará,
sei que, mais dia menos dia, ela cessará,
sei que o véu que cobre meus olhos cairá,
sei que o mundo se revelará.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pobre de quem pensar assim...


Já tentou escrever sem palavras?
Se ver, sem espelhos?
Correr sem destino ?
Ou até mesmo não ter segredos?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rubra Beleza

A lâmina rasga a carne
e dela brota o ouro rubro

corre a riqueza corpo a baixo
levada pelos deturpadores da beleza

és tu, vermelho amado
minha vida, minha natureza

e a lâmina que rasga a carne
me leva ti, em total pureza


Meus algozes retiram-te
de minhas profundezas

fazem-te brotar,
puro ouro de rubra beleza

Peço por tua espera pois
não posso estar sem tua pureza

contigo vivo, por ti espero
sem ti minha vida, esvai-se, é certeza


Sou teu, sou feito
de ti, de tua fluideza

e quando a lâmina
rasga minha carne

leva-me ti
minha força e destreza

esvai-me a vida, junto de ti
rubro ouro, rubra pureza.

por Eduardo Diass.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Há de haver sentimentos...

Bem me quis entre olhares
Entre vinhos e rosas
Em uma cama feita
De sonhos e desejos
Entregamos-nos aos beijos
Que trouxe uma grande paixão
Hoje eu só quero você
Volte logo para mim
E fim solidão

Da cor ao meu mundo
De brilho aos meus olhos
Devolve-me alegria que se foi
Quando me disse adeus

Eu não acredito
Que nosso amor morreu
Como uma paisagem
Que congelou no tempo

Há de haver sentimentos
No coração de quem amou
E só saudade deixou

por Rosi Alves.

Em meus pensamentos

Mergulho em meus mais profundos pensamentos,
Tentando desvendar meus segredos e mistérios,
Segredos estes, que mesmo a mim, não permito revelar.
Sofro, choro, sufoco,
Luto para não ver, para não saber.

Mas o desespero invade minha alma...
Sinto as forças esvaziarem do meu corpo...
E só me resta o vazio...
A completa escuridão...
O medo, o pavor e a solidão.

A luz não me é permitida enxergar...
Encontro-me em uma cegueira completa...
E um único pensamento invade meu ser,
a vontade de fugir desta treva...
E ao mundo retornar...

Salvando-me na luz,
Retorno ao mundo, com meu frágil corpo...
Me sinto a salvo, tranquilo e mais feliz...
Preparado, pronto... Para novamente...
Permitir-me, mergulhar em meus pensamentos...

por Tathy Cerutti.

Desfalecer de amor...


Olhou-me com tanta ternura
Senti-me plena com seu olhar
Que se o sol parece de brilhar
Você seria o sol da minha vida.

Pediu-me um beijo
Eu neguei te avisei
Não podia me apaixonar

De tanta insistência
Você me conquistou
Com sua voz suave
A sussurrar no meu ouvido
Era tudo que eu precisava
Para me entregar

E aquela noite de luar
A beira do mar
Estrelas teciam nossos
Lábios a se encontrar

Senti um néctar
Doce, marcante, inebriante
No céu da minha boca
Molhada a me dominar
Quase desfaleci
Com vontade de te amar

E ali debaixo das estrelas
Entreguei-me inteira
Foi tão inesquecível
Que nem o vendaval
E capaz de apagar

Depois daquele dia
Eu não faço outra coisa
A não ser desfalecer de amor por você

por Rosi Alves.

Mar de saudade......


Minha alma e um barqueiro
Que segue seu curso ao vento
Dispersa pensamentos ao tempo

Navego em mares sem fim
Solitário a te esperar
Sentindo a brisa da saudade

Na imensidão do mar
Que banha meus olhos
Refletindo nosso amor.

Nesse infinito mar
Desconheço a razão
De viver sem você

Espero com o amanhecer
Trazer você no sopro do vento
Na brisa que finda a aurora
Alcançando a escuridão do amor
Que a tempos ficou a deriva

por Rosi Alves.

Cacos ao redor

Minha realidade se quebra,
meus joelhos vão ao chão,
novas, quentes e insistentes lágrimas
vem a meus olhos
a respiração falha
o coração descompassa
e os cacos de minha realidade
espalham-se a meu redor...

Vejo cores disformes,
sons desarmônicos,
toques impróprios...
Serão Deuses a me olhar?
mas como poderia saber
se só me sobraram cacos de realidade?...

Tudo o que sempre soube real
se desfez, não completamente
mas está irreconhecível,
confuso, bagunçado,
misturado, espalhado...
E da minha realidade
me sobraram apenas os cacos
que perfuram meus pés descalços
quando ando entre eles
tentando juntar as partes
do que um dia
foi minha realidade...

por Eduardo Diass.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Maldito amor


Amar não dói,
Ou pelo menos não deveria doer !
Não queria que fosse assim
Essa dor de amor que dói em mim...
Esse sentimento lindo e estonteante
Que em meu peito desabrochou
Me iludiu
Me usou
Em meu coração habitou
Rasgou meu corpo
Violentou minha alma
Te amar loucamente parecia - me um carma !
Queria um doce amor
Leve, puro e verdadeiro
Não esse amor sujo, corrompido e desordeiro
Foi o que recebi
Entregando o meu amor a ti
Um amorzinho vulgar e dolorido
Foi o que restou a mim.

por Luciana Araujo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quem quer se casar?

Quem quer se casar?
Ver a mesma pessoa todos os dias,
ter com quem dividir tristezas, dores, desesperos,
ter com quem dividir as intermináveis horas das festas de família,
ter uma pessoa que te compreenda, estimule, ensine,
alguém pra te por no colo, te dar carinho...

Quem quer ter que aturar todos os dias
um belo sorriso de bom dia,
ou um abraço carinhoso ao te encontrar?!

Quem pode desejar ter laços tão fixos?
Como querer compartilhar segredos durante o ato de amar?

Quem quer se casar?!
Planejar férias, casa, filhos,
pensar no futuro, que mesmo incerto se torna motivo pra um novo sorriso.

Eu é quem não quero!

Bom mesmo é ser solteiro!
Ter uma nova mulher a cada novo dia,
sentar sozinho e aturar a tia velha na reunião de família,
sem contar que, nada melhor que ter alguém novo pra cada nova noite de sexo!
E como dispensar toda aquela falta de intimidade?
Sem contar com todas aquelas belas e empolgantes conversas sobre moda,
novela, e é claro... sobre o tempo?!

Quem poderia dispensar uma vida tão aventureira,
por um simples ato de confiança...
por um simples sorriso de segurança...
por um simples abraço apertado,
quando se chega em casa, ferido,
cansado...

Eu é quem não quero me casar!...

por Eduardo Diass.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Morte e o Amor

Ah o amor...
a dor mãe que corroi o coração de homens e mulheres de forma indistinta,
a decepção solitária que cadencia a decadência da humanidade,
o sentimento que se torna obscuro a cada nova luz que sobre ele é lançada,
pois é assim o amor, uma dor constante e desregrada,
que consome as forças,
que consome a alma...

Ah o amor...
a dor mãe que corrompe o coração de homens e mulheres,
que os faz retornar ao instinto adormecido da caça,
que os torna predadores,
lutando por um bom pedaço de carne,
que faz a todos o enorme favor de ocultar-lhes a verdade da visão...


Ah o amor...
a dor mãe que arranca do peito o coração de homens e mulheres,
que lhes traz a tristeza, 
a dor, 
a saudade,
que lhes faz querer a morte,
de si mesmo
do ser amado...

Ah o amor...
a dor mãe que irrompe do coração de homens e mulheres,
que tem a consciência que serão aniquilados a seu final,
que sabem que não haverá volta ou cura
que doerá por todos os dias,
enquanto houver eternidade,
e acreditem,
haverá a eternidade...

Ah o amor...
a dor mãe que começa pequeno no coração de homens e mulheres,
e que se tornará maior,
e no início,
melhor,
mas inevitavelmente doerá,
então,
todos,
homens e mulheres,
esperarão que a Morte os devolva o Amor...

por Eduardo Diass.

domingo, 14 de agosto de 2011

Sob teu olhar


Encantadora é a maneira que me observa
Olhos penetrantes que fascinam,
Me encorajando... me fortificando...
Mesmo ao longe, és meu guia,
meu professor e mestre.

És quem me instrui nesta minha longa caminhada.
 E caminhar pelo mundo torna-se extremamente simples,
Pois ao teu lado, o mundo muda
E muda também, a minha forma de enxergá-lo,
E de nele me enxergar...

Sinto-me leve,
Como se em mim, as atenções estivessem concentradas.
 Sinto que o belo, invade meu ser
E transborda-me de luz e poesia.

Ao teu lado...
Cresço, evoluo, construo e aprendo
Mas só sob teu olhar...

por Tathy Cerutti.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ALMAS...


Vozes estranham labirintos Vazios
Almas gemendo a morte que chega
Elas não aceitam que seu tempo cessou
E fica a vagar perto daqueles que tanto amou

Isso não faz bem, você tem que entender
Que vive em outro plano
Eu sinto sua falta mais eu preciso viver
Para cumprir o que vim fazer aqui

No tempo certo nos veremos
Saudades matarão
Mais enquanto eu aqui na terra estiver
Deixe-me viver com lembranças de você
Não precisa se entristecer
Pois as pessoas que amo jamais esquecerão
Que delas sempre será meu coração e meu amor
Nem que nós vivamos mil vezes seremos sempre almas

por Rosi Alves.

Amor que invade permanece...


Você me acalma
Relaxa minha mente
Quando tudo parece que vai parar
Você faz meu mundo girar
Feito pássaros a brincar pertinho do céu

Nosso amor e assim ondas no mar
Agitada mais nunca há aportar
Quero ser o seu presente
Amor que invade permanece

Amor para sempre
Amor indecente
E assim que somos
Loucos de desejos
Corpos sem sossego
Delírios e beijos

por Rosi Alves.

Nua eu e você...


Entre flores e espinhos
Muitas pedras no caminho
Não vou desistir de caminhar
Nada vai deter
Nada vai parar meus pés
Meu coração anda descalço
E a minha alma é limpa

Eu colherei os meus pecados
Disso eu bem sei
Mais temo...recebe-los
Mais quem planta deve saber
Que a vida há devolver tudo a você

Pés descansos alma nua
Loucura cansaço
Doçura meiguice ternura
E para amenizar
Minha boca na sua
Nua eu e você

por Rosi Alves.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

... eu não consigo respirar...

Meu olhar toca teu corpo
... eu não consigo respirar...
minha pele reagi a teu aroma
... eu não consigo respirar...
sinto-me intumecer
meu corpo põe-se pronto a amar
... eu não consigo respirar...

Quero-te, desejo-te
... eu não consigo respirar...
penso em ter-te o dia inteiro
... eu não consigo respirar...
Ensaio frases em frente ao espelho
mas quando tenciono te procurar...
ah,... eu não consigo respirar...

por Eduardo Diass.

Tempo...


E preciso tempo
Sensações sob o céu
Cósmica ternura
Repousa na janela

A sombra da memória
Desaba chuva de emoções
Ventos trazem vozes
Manto de acalento

Geleira solidão
Dantes fostes
Senhor algoz
Chamado tempo

Silencio esvaecido
No grito interrompido
E preciso ter alma
E com calma
Dar tempo ao tempo

por Rosi Alves.

Solitário


Eu sou solitário do seu amor
Eu sou exatamente a ausência
Eu sou um mistério profundo
Eu sou apenas um sopro no mundo

Eu sou livre sinto o vento
Que guia o meu pensamento ate você
Eu sou você em mim para além do infinito

Coração que pulsa já morto
Despedaçado de saudades
De alguém que ama só

por Rosi Alves.

caminhos para te alcançar


Diz-me desse infinito
Pulsante trêmula paixão.
Caminha cúmplice de mim
Desnudo silêncio grita seu corpo...

Diz-me caminhos para te alcançar,
Em teus braços ternura findara
Ao encontro do céu que te beija...

Há no teu olhar um encanto
Na tua vida ecos de mim
Dilacerando os sentidos
Que incendeiam nosso amor...

Diz-me que sou o fogo ardente
Sussurros proibidos que rodopiam
Enternecendo o elo de desejo
De apenas sermos um.

por Rosi Alves.

... inexistência!

Dispa-se das máscaras de carne que te impedem de ver além.
Desperte os horrores de tua alma, entregue-se ao desespero,
impeça-se de ter esperanças, pois todas se provarão vãs.
Cuide de não perder um único momento de tua vida, pois a morte virá.
Sente-se as margens da loucura e veja tal rio carregar-te a sanidade,
a desesperança reina em teu próprio inferno e será belo o despertar
das sombras que te levarão o véu que lhe impede de enxergar
quão triste é o mundo de plenas ilusões que nos cerca.
Deixarás então aberta as portas de tua consciência e perceberás
que não há começo, meio ou fim, pois o que há, simplesmente não há,
terás então, em teu peito, a dor de conhecer a verdade,
saberás que não há o que temer, pois não há eternidade,
e verás o momento derradeiro com o desvanecer de tua consciência,
e não mais temerás por um fim trágico,
pois no fim, haverá apenas a inexistência!

por Eduardo Diass.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Levo meu mundo

Pegue os pedaços que você tirou de mim
Realmente não vou mais precisar
Quando a chama não brilha mais
Não vale mais a pena amar
Pegue os pedaços que você tirou de mim
Vamos não tenha medo
Não há nada de diferente
Se acalme e não tenha receio
Chame isso de sorte, erro ou qualquer coisa
Amar as vezes é a morte para algumas pessoas
Eu não vou olhar para trás, só pegar minhas malas
Te deixarei em paz, com as suas falas
Elas não me atingem mais
Por isso estou indo embora
Não olharei para trás
Não ligue para mim,
Não posso te ajudar agora
Levo meu mundo pra dentro de mim
Para que um dia eu possa enfim
Um dia sorrir

por Luciana Araujo

Angustia solitaria

Perdida num pomar de angustia
meu coração incendeia,
dilacerado por penúria
do podre cheiro de sua escolha
Alimentado sob a luz de uma candeia

Coloco sal para sentir o ardor
nos cortes infeccionados, que minha alma em mim proporcionou
Sua voz antes doce e macia
soa hoje como um canto qualquer
antes pra mim era como o sol que irradia
Hoje apenas sem dizer nada sequer


por Luciana Araujo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sono

Que a noite lhes traga a paz que o dia negou.
Que os desejos ocultos possam ser revelados,
pois só a noite a raça humana
é verdadeiramente livre e nua...
de suas máscaras, de seus horrores,
de seus pecados.

É a noite que nos liberta, a noite que nos transforma
de volta a forma original, libertinos, libertos, libertários.
Nos permitimos ser aquilo que a sociedade nos nega.
Nos permitimos cometer graves atentados aos pudores,
ímpios em sua própria essência,
pois são nossos desejos mais puros, insanos e instintivos
que nos são negados por consensos arbitrários
aceitos pela raça como convenções de valores
que jamais foram verdadeiramente questionados.

É a noite que nos devolve a natureza real e incontesta.
Nós, os filhos de Lilith, rejeitados, expurgado;
nos contemos para merecer algo do qual jamais fizemos parte.

E a noite nos trará a paz merecida, aquela verdadeira,
que encanta a alma, aquela por trás do ato púdico,
sempre tão avessado, renegado,
abnegado de seus supostos significados.
E será este, o ato, que nos levará ao descanso,
A escuridão do esquecimento e inexistência temporária
ao qual chamamos sono.

por Eduardo Diass.