fitando o infinito
à espera de uma resposta.
A pergunta, presa em minha garganta,
jamais feita ao infinito ou ao abismo,
jamais teve sua resposta.
Mas eu observei o abismo,
contemplei seu semblante duro,
porém calmo.
Observei-o em sua imponência
em sua sabedoria,
sua paciência.
Estive sentado à beiro do abismo,
lá, vi o mundo de outro modo, ou talvez,
outro mundo do mesmo modo.
Um mundo, que sempre me aguardou,
e mesmo descendo
sem a resposta,
quando estive ao abismo
encontrei outras perguntas
e milhares de novas respostas.
por Eduardo Diass.