sábado, 31 de julho de 2010

Sou andarilho da noite

Sou andarilho da noite
Andarilho solitário e vazio
Que segue seu caminho por punição
E por maldição
Aquele que para e contempla as estrelas e o sol
Pousa sua tristeza nos instantes humanos

Tornei-me herdeiro dos meus pesadelos
Dos meus erros e deslizes
Caí, e aprendi a continuar
A passar por cima e destruir os outros

Tornei- me escravo da dor
Não por sentir mas por gerar
Fiquei cego pelo orgulho e por poder
Esqueci quem sou
Esqueci o que sou
Tornei-me nada

O sol nasce novamente
O peito vazio, pois nada habita
O corpo jovem, mas com calos da idade
O espírito cicatrizado
Sigo pelo caminho da solidão
Deixando o rastro do furacão


por Hilbert da Silva Júlio

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