quarta-feira, 10 de agosto de 2011

... inexistência!

Dispa-se das máscaras de carne que te impedem de ver além.
Desperte os horrores de tua alma, entregue-se ao desespero,
impeça-se de ter esperanças, pois todas se provarão vãs.
Cuide de não perder um único momento de tua vida, pois a morte virá.
Sente-se as margens da loucura e veja tal rio carregar-te a sanidade,
a desesperança reina em teu próprio inferno e será belo o despertar
das sombras que te levarão o véu que lhe impede de enxergar
quão triste é o mundo de plenas ilusões que nos cerca.
Deixarás então aberta as portas de tua consciência e perceberás
que não há começo, meio ou fim, pois o que há, simplesmente não há,
terás então, em teu peito, a dor de conhecer a verdade,
saberás que não há o que temer, pois não há eternidade,
e verás o momento derradeiro com o desvanecer de tua consciência,
e não mais temerás por um fim trágico,
pois no fim, haverá apenas a inexistência!

por Eduardo Diass.

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