segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Morte e o Amor

Ah o amor...
a dor mãe que corroi o coração de homens e mulheres de forma indistinta,
a decepção solitária que cadencia a decadência da humanidade,
o sentimento que se torna obscuro a cada nova luz que sobre ele é lançada,
pois é assim o amor, uma dor constante e desregrada,
que consome as forças,
que consome a alma...

Ah o amor...
a dor mãe que corrompe o coração de homens e mulheres,
que os faz retornar ao instinto adormecido da caça,
que os torna predadores,
lutando por um bom pedaço de carne,
que faz a todos o enorme favor de ocultar-lhes a verdade da visão...


Ah o amor...
a dor mãe que arranca do peito o coração de homens e mulheres,
que lhes traz a tristeza, 
a dor, 
a saudade,
que lhes faz querer a morte,
de si mesmo
do ser amado...

Ah o amor...
a dor mãe que irrompe do coração de homens e mulheres,
que tem a consciência que serão aniquilados a seu final,
que sabem que não haverá volta ou cura
que doerá por todos os dias,
enquanto houver eternidade,
e acreditem,
haverá a eternidade...

Ah o amor...
a dor mãe que começa pequeno no coração de homens e mulheres,
e que se tornará maior,
e no início,
melhor,
mas inevitavelmente doerá,
então,
todos,
homens e mulheres,
esperarão que a Morte os devolva o Amor...

por Eduardo Diass.

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